RINGO, FALANDO DE RINGO
Durante minha entrevista com Ringo Starr, toquei alguns pedaços de músicas dos Beatles para ele, coisas que acredito que mostram seu brilhantismo – sua simplicidade, suas frases excepcionais, sua pegada. Ao escutar as músicas, Ringo se inspirou para me contar algumas coisas interessantes, e o fez quase que por livre associação. O resultado foi um raro vislumbre do mundo dos Beatles.
“I’M LOOKING THROUGH YOU”
RINGO: Até aí, estou tocando chocalhos. George estava batendo palmas. É feito numa caixa, não é?
MD: A documentação diz que é tocada nas suas coxas ou são palmas.
RINGO: (Escutando atentamente) Eu costumava tocar nos estojos dos tambores ou dava palmadas nas coxas. Mas parece que aí há uma caixa tocando também, portanto pode ser que estivesse coberta por panos – eu costumava colocar toalhas de mesa sobre os tambores – e talvez eu esteja tocando um tipo de rimshot. Não consigo me lembrar do que fiz. Parece haver uma caixa por baixo de tudo.
“IN MY LIFE”
RINGO: Isso eu “roubei” de You Better Move On, de Arthur Alexander. Essa era minha versão daquela batida. Onde está meu bumbo? Nunca consigo escutar o bumbo em nossas primeiras gravações. Tínhamos um microfone para ele, mas George Martin nunca achou necessário inclui-lo na gravação (risos). Digo, Sir George Martin.
MD: Se lembra de como a canção foi apresentada a você?
RINGO: A maioria das canções era apresentada por quem quer que a tenha escrito tocando guitarra ou piano. Era assim que George e eu escutávamos uma canção de Lennon & McCartney pela primeira vez. Eles gravavam uma fita e depois nos mostravam. Era mais “olhem aqui, temos isso”, e nós escutávamos e víamos o que podíamos fazer com aquilo.
“A TASTE OF HONEY”
RINGO: Trabalho de vassourinhas. Eu tinha esquecido disso até lançarmos os discos Anthology: que havia um pouco de trabalho de vassourinhas nas primeiras gravações. Eu sabia toca-las porque tinha tido experiência nas bandas das quias fiz parte anteriormente. Você tinha que saber um pouco de tudo naquela época. Mas essa é, na verdade, uma música de cabaré. Os Beatles eram uma banda cover e uma banda de cabaré – uma banda de cabaré roqueira. É algo muito simples, o que sempre chama atenção.
MD: Você disse que jazz não era sua coisa favorita.
RINGO: Não, não era. Não sinto que isso era jazz; era só o melhor que eu podia fazer com as vassouras. E é muito, muito básico. É como se estivesse tocando suingue com vassouras, e depois entra naquela coisa de “quatro”.
MD: Mas antes dos Beatles, o que havia para escutar não era jazz?
RINGO: Você tem que se lembrar que Bill Haley já tocava quando eu tinha 14 anos, portanto para mim foi aí que tudo começou. Bill Haley me influenciou muito, porque o fato de assistir aquele filme (Rock Around The Clock) foi o início de tudo. Antes daquilo, é claro, havia Johnny Era, Frankie Lane, Gene Autrey – e outros como eles. E eles também eram meus heróis. As vassouras faziam parte daquilo. Eu as usei muito quando estava em grupos Skiffle (N.R. Tipo de folk com elementos de jazz). Fazíamos alguns números de skiffle de pessoas como Lonnie Donegan, dos Vipers, coisas assim. Logo, devido ao fato de que eu costumava só tocar caixa, minhas primeiras experiências na bateria se concentravam nas vassouras. Algumas vezs tinha que implorar para usar a bateria. Costumávamos viajar de ônibus, o que era muito difícil, e eu só podia carregar a caixa, os pratos e as vassouras.
“DRIVE MY CAR”
MD: Você se recorda de como criou aquela parte?
RINGO: Não. As partes simplesmente aconteciam Entretanto, sempre me sentia liviado quando encontrava uma. Se escutar as gravações piratas que estão no Anthology agora, e ouvir as faixas mais antigas, verá que geralmente as partes de bateria são bastante similares às das versões finais. Quando encontrava minha parte, pensava “ok, esta parte está legal, agora vamos deixar a banda sobre ela”.
“RAIN”
RINGO: Rain é incrível. É aqui que se pode escutar quando comecei a trazer minhas colaborações para a faixa.
MD: Como essa foi apresentada a você?
RINGO: John estava apenas tocando guitarra e cantando a canção. Foi uma daquelas coisas que simplesmente aceitamos sem pestanejar. É basicamente rock. Naquela época acentuando e lendo mais a canção. Estávamos nos afastando de canções pop, que tinham”verso, refrão, meio, verso refrão e final”. Quando chegamos neste estágio estávamos todos fazendo experiências, inclusive eu. Começa naquele lugar estranho – algo como sete batidas para dentro. Eu estava tentando ser estranho de propósito. Já estava cansado de ficar restrito, portanto dizia< “olha, eu posso entrar aqui. Posso fazer isso e tentar aquilo”. Rain é uam das minhas partes de bateria favoritas, e acho que é a primeira vez que toquei aquele acento no chimbal (pontuações “abertas”). E o que me ajudou a fazer isso, meus queridos bateristas, é que nasci canhoto. Escrevo com a direita, mas quando qualquer coisa que exija esforço físico, uso a esquerda. Logo, sou um cara canhoto com uma bateria para destros. Não consigo fazer rufos por toda a bateria; é impossível para mim começar na caixa, ir para o tom-tom de cima e depois para o surdo. Não consigo dar a volta na bateria dessa forma. Tenho que começar no surdo e ir para cima, e aqueles acentos no chimbal eram coisas que usava para me dar espaço e poder chegar a algum lugar, para que eu pudesse fazer minhas mão trabalharem e fazer com que meus braços se movessem pelos tambores.
Durante minha entrevista com Ringo Starr, toquei alguns pedaços de músicas dos Beatles para ele, coisas que acredito que mostram seu brilhantismo – sua simplicidade, suas frases excepcionais, sua pegada. Ao escutar as músicas, Ringo se inspirou para me contar algumas coisas interessantes, e o fez quase que por livre associação. O resultado foi um raro vislumbre do mundo dos Beatles.
“I’M LOOKING THROUGH YOU”
RINGO: Até aí, estou tocando chocalhos. George estava batendo palmas. É feito numa caixa, não é?
MD: A documentação diz que é tocada nas suas coxas ou são palmas.
RINGO: (Escutando atentamente) Eu costumava tocar nos estojos dos tambores ou dava palmadas nas coxas. Mas parece que aí há uma caixa tocando também, portanto pode ser que estivesse coberta por panos – eu costumava colocar toalhas de mesa sobre os tambores – e talvez eu esteja tocando um tipo de rimshot. Não consigo me lembrar do que fiz. Parece haver uma caixa por baixo de tudo.
“IN MY LIFE”
RINGO: Isso eu “roubei” de You Better Move On, de Arthur Alexander. Essa era minha versão daquela batida. Onde está meu bumbo? Nunca consigo escutar o bumbo em nossas primeiras gravações. Tínhamos um microfone para ele, mas George Martin nunca achou necessário inclui-lo na gravação (risos). Digo, Sir George Martin.
MD: Se lembra de como a canção foi apresentada a você?
RINGO: A maioria das canções era apresentada por quem quer que a tenha escrito tocando guitarra ou piano. Era assim que George e eu escutávamos uma canção de Lennon & McCartney pela primeira vez. Eles gravavam uma fita e depois nos mostravam. Era mais “olhem aqui, temos isso”, e nós escutávamos e víamos o que podíamos fazer com aquilo.
“A TASTE OF HONEY”
RINGO: Trabalho de vassourinhas. Eu tinha esquecido disso até lançarmos os discos Anthology: que havia um pouco de trabalho de vassourinhas nas primeiras gravações. Eu sabia toca-las porque tinha tido experiência nas bandas das quias fiz parte anteriormente. Você tinha que saber um pouco de tudo naquela época. Mas essa é, na verdade, uma música de cabaré. Os Beatles eram uma banda cover e uma banda de cabaré – uma banda de cabaré roqueira. É algo muito simples, o que sempre chama atenção.
MD: Você disse que jazz não era sua coisa favorita.
RINGO: Não, não era. Não sinto que isso era jazz; era só o melhor que eu podia fazer com as vassouras. E é muito, muito básico. É como se estivesse tocando suingue com vassouras, e depois entra naquela coisa de “quatro”.
MD: Mas antes dos Beatles, o que havia para escutar não era jazz?
RINGO: Você tem que se lembrar que Bill Haley já tocava quando eu tinha 14 anos, portanto para mim foi aí que tudo começou. Bill Haley me influenciou muito, porque o fato de assistir aquele filme (Rock Around The Clock) foi o início de tudo. Antes daquilo, é claro, havia Johnny Era, Frankie Lane, Gene Autrey – e outros como eles. E eles também eram meus heróis. As vassouras faziam parte daquilo. Eu as usei muito quando estava em grupos Skiffle (N.R. Tipo de folk com elementos de jazz). Fazíamos alguns números de skiffle de pessoas como Lonnie Donegan, dos Vipers, coisas assim. Logo, devido ao fato de que eu costumava só tocar caixa, minhas primeiras experiências na bateria se concentravam nas vassouras. Algumas vezs tinha que implorar para usar a bateria. Costumávamos viajar de ônibus, o que era muito difícil, e eu só podia carregar a caixa, os pratos e as vassouras.
“DRIVE MY CAR”
MD: Você se recorda de como criou aquela parte?
RINGO: Não. As partes simplesmente aconteciam Entretanto, sempre me sentia liviado quando encontrava uma. Se escutar as gravações piratas que estão no Anthology agora, e ouvir as faixas mais antigas, verá que geralmente as partes de bateria são bastante similares às das versões finais. Quando encontrava minha parte, pensava “ok, esta parte está legal, agora vamos deixar a banda sobre ela”.
“RAIN”
RINGO: Rain é incrível. É aqui que se pode escutar quando comecei a trazer minhas colaborações para a faixa.
MD: Como essa foi apresentada a você?
RINGO: John estava apenas tocando guitarra e cantando a canção. Foi uma daquelas coisas que simplesmente aceitamos sem pestanejar. É basicamente rock. Naquela época acentuando e lendo mais a canção. Estávamos nos afastando de canções pop, que tinham”verso, refrão, meio, verso refrão e final”. Quando chegamos neste estágio estávamos todos fazendo experiências, inclusive eu. Começa naquele lugar estranho – algo como sete batidas para dentro. Eu estava tentando ser estranho de propósito. Já estava cansado de ficar restrito, portanto dizia< “olha, eu posso entrar aqui. Posso fazer isso e tentar aquilo”. Rain é uam das minhas partes de bateria favoritas, e acho que é a primeira vez que toquei aquele acento no chimbal (pontuações “abertas”). E o que me ajudou a fazer isso, meus queridos bateristas, é que nasci canhoto. Escrevo com a direita, mas quando qualquer coisa que exija esforço físico, uso a esquerda. Logo, sou um cara canhoto com uma bateria para destros. Não consigo fazer rufos por toda a bateria; é impossível para mim começar na caixa, ir para o tom-tom de cima e depois para o surdo. Não consigo dar a volta na bateria dessa forma. Tenho que começar no surdo e ir para cima, e aqueles acentos no chimbal eram coisas que usava para me dar espaço e poder chegar a algum lugar, para que eu pudesse fazer minhas mão trabalharem e fazer com que meus braços se movessem pelos tambores.
“I’LL BE BACK”
MD: Me enlouqueceu escutar a versão em valsa de ‘’I'l Be Back", depois de estar familiarizado apenas com a versão final dela.
RINGO: Não estou tocando uma valsa, estou tocando quatros. A idéia que tínhamos era que se eles tocavam uma valsa, eu tocava 4/4. Se eu mudasse e começasse a tocar valsa, eles continuariam em 4/4. MD: Na versão do Anthology, John tem dificuldade para cantá-la. RINGO: Ele se perdia muitas vezes. Por isso resolvemos simplifica-la, facilitar as coisas para o volcalista; afinal de contas, foi ele que a escreveu. Tentávamos muitas coisas diferentes, mas éramos guiados pelo compositor. Ele achou impossível faze-la da maneira original, portanto nós a mudamos. MD: De acordo com a documentação, mudou para a maneira que escutamos no máster já na segunda tomada. RINGO: Mas essa metamorfose pode ter durado mais de duas horas. Nós provavelmente não dissemos simplesmente “ora, vamos fazer assim”. Provavelmente fizemos algumas tomadas antes de George Martin apertar o botão. A coisa mais divertida de escutar as gravações dos Anthology é que se pode escutar os erros que cometíamos: “Eu não consigo tocar isso”, “Meus dedos não conseguem fazer isso”, “Não sei o que aconteceu”, “Onde é mesmo que eu entro?”. Há poucos diálogos em que apareço, porque eu nunca tive um microfone para vocais. Eles gritavam uns com os outros e comigo através dos microfones de vocal. O microfone da bateria não captava direito a minha voz. Não há muitas conversas onde apareço por causa disso. Entretanto, eu sempre ouvia as discussões dos outros. Uma canção simplesmente de desenvolvia, pois essa é a natureza da música. “Esta é uma ótima idéia, vamos começar com isso”, e depois se tornava uma idéia ainda melhor. Algumas vezes, voltávamos à idéia original. Outra coisa que muitas vezes acontecia no estúdio ´r que queríamos fazer uam faixa de uma certa forma, e fazíamos uma tomada atrás da outra. Se desse certo, parávamos e íamos tomar uma xícara de chá. Voltávamos e a fazíamos exatamente da mesma forma, e de repente, funcionava perfeitamente. É difícil de explicar. Nos afastando dos Beatles por um isntante, o melhor exemplo disso foi quando gravei “Take 54” com Harry Nilsson e Richad Perry na Inglaterra. Tínhamos feito 53 tomadas que não haviam funcionado. Quando chegamos na tomada 54, dissemos, “esta tem que funcionar: é o nome da canção!” E foi uma merda. RINGO: Mas essa metamorfose pode ter durado mais de duas horas. Nós provavelmente não dissemos simplesmente “ora, vamos fazer assim”. Provavelmente fizemos algumas tomadas antes de George Martin apertar o botão. A coisa mais divertida de escutar as gravações dos Anthology é que se pode escutar os erros que cometíamos: “Eu não consigo tocar isso”, “Meus dedos não conseguem fazer isso”, “Não sei o que aconteceu”, “Onde é mesmo que eu entro?”. Há poucos diálogos em que apareço, porque eu nunca tive um microfone para vocais. Eles gritavam uns com os outros e comigo através dos microfones de vocal. O microfone da bateria não captava direito a minha voz. Não há muitas conversas onde apareço por causa disso. Entretanto, eu sempre ouvia as discussões dos outros. Uma canção simplesmente de desenvolvia, pois essa é a natureza da música. “Esta é uma ótima idéia, vamos começar com isso”, e depois se tornava uma idéia ainda melhor. Algumas vezes, voltávamos à idéia original. Outra coisa que muitas vezes acontecia no estúdio ´r que queríamos fazer uam faixa de uma certa forma, e fazíamos uma tomada atrás da outra. Se desse certo, parávamos e íamos tomar uma xícara de chá. Voltávamos e a fazíamos exatamente da mesma forma, e de repente, funcionava perfeitamente. É difícil de explicar. Nos afastando dos Beatles por um isntante, o melhor exemplo disso foi quando gravei “Take 54” com Harry Nilsson e Richad Perry na Inglaterra. Tínhamos feito 53 tomadas que não haviam funcionado. Quando chegamos na tomada 54, dissemos, “esta tem que funcionar: é o nome da canção!” E foi uma merda.
E, finalmente, a gente curte alguns vídeos de Ringo em vários momentos da sua carreira-solo:
I CALL YOUR NAME
NEVER WITHOUT YOU
IT DON’T COME EASY
ACT NATURALLY
BOYS
RINGO: Não estou tocando uma valsa, estou tocando quatros. A idéia que tínhamos era que se eles tocavam uma valsa, eu tocava 4/4. Se eu mudasse e começasse a tocar valsa, eles continuariam em 4/4. MD: Na versão do Anthology, John tem dificuldade para cantá-la. RINGO: Ele se perdia muitas vezes. Por isso resolvemos simplifica-la, facilitar as coisas para o volcalista; afinal de contas, foi ele que a escreveu. Tentávamos muitas coisas diferentes, mas éramos guiados pelo compositor. Ele achou impossível faze-la da maneira original, portanto nós a mudamos. MD: De acordo com a documentação, mudou para a maneira que escutamos no máster já na segunda tomada. RINGO: Mas essa metamorfose pode ter durado mais de duas horas. Nós provavelmente não dissemos simplesmente “ora, vamos fazer assim”. Provavelmente fizemos algumas tomadas antes de George Martin apertar o botão. A coisa mais divertida de escutar as gravações dos Anthology é que se pode escutar os erros que cometíamos: “Eu não consigo tocar isso”, “Meus dedos não conseguem fazer isso”, “Não sei o que aconteceu”, “Onde é mesmo que eu entro?”. Há poucos diálogos em que apareço, porque eu nunca tive um microfone para vocais. Eles gritavam uns com os outros e comigo através dos microfones de vocal. O microfone da bateria não captava direito a minha voz. Não há muitas conversas onde apareço por causa disso. Entretanto, eu sempre ouvia as discussões dos outros. Uma canção simplesmente de desenvolvia, pois essa é a natureza da música. “Esta é uma ótima idéia, vamos começar com isso”, e depois se tornava uma idéia ainda melhor. Algumas vezes, voltávamos à idéia original. Outra coisa que muitas vezes acontecia no estúdio ´r que queríamos fazer uam faixa de uma certa forma, e fazíamos uma tomada atrás da outra. Se desse certo, parávamos e íamos tomar uma xícara de chá. Voltávamos e a fazíamos exatamente da mesma forma, e de repente, funcionava perfeitamente. É difícil de explicar. Nos afastando dos Beatles por um isntante, o melhor exemplo disso foi quando gravei “Take 54” com Harry Nilsson e Richad Perry na Inglaterra. Tínhamos feito 53 tomadas que não haviam funcionado. Quando chegamos na tomada 54, dissemos, “esta tem que funcionar: é o nome da canção!” E foi uma merda. RINGO: Mas essa metamorfose pode ter durado mais de duas horas. Nós provavelmente não dissemos simplesmente “ora, vamos fazer assim”. Provavelmente fizemos algumas tomadas antes de George Martin apertar o botão. A coisa mais divertida de escutar as gravações dos Anthology é que se pode escutar os erros que cometíamos: “Eu não consigo tocar isso”, “Meus dedos não conseguem fazer isso”, “Não sei o que aconteceu”, “Onde é mesmo que eu entro?”. Há poucos diálogos em que apareço, porque eu nunca tive um microfone para vocais. Eles gritavam uns com os outros e comigo através dos microfones de vocal. O microfone da bateria não captava direito a minha voz. Não há muitas conversas onde apareço por causa disso. Entretanto, eu sempre ouvia as discussões dos outros. Uma canção simplesmente de desenvolvia, pois essa é a natureza da música. “Esta é uma ótima idéia, vamos começar com isso”, e depois se tornava uma idéia ainda melhor. Algumas vezes, voltávamos à idéia original. Outra coisa que muitas vezes acontecia no estúdio ´r que queríamos fazer uam faixa de uma certa forma, e fazíamos uma tomada atrás da outra. Se desse certo, parávamos e íamos tomar uma xícara de chá. Voltávamos e a fazíamos exatamente da mesma forma, e de repente, funcionava perfeitamente. É difícil de explicar. Nos afastando dos Beatles por um isntante, o melhor exemplo disso foi quando gravei “Take 54” com Harry Nilsson e Richad Perry na Inglaterra. Tínhamos feito 53 tomadas que não haviam funcionado. Quando chegamos na tomada 54, dissemos, “esta tem que funcionar: é o nome da canção!” E foi uma merda.
E, finalmente, a gente curte alguns vídeos de Ringo em vários momentos da sua carreira-solo:
I CALL YOUR NAME
NEVER WITHOUT YOU
IT DON’T COME EASY
ACT NATURALLY
BOYS
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